segunda-feira, 19 de junho de 2017

ERC abre processo a reportagem da TVI em Pedrógão Grande


ERC informa que lhe chegaram mais de 100 participações que "contestam o plano televisivo em que aparece um dos cadáveres da tragédia"

A entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC) abriu esta segunda-feira um processo de averiguações "a uma reportagem emitida, na edição de ontem , do Jornal Nacional da TVI, sobre os incêndios em Pedrógão Grande".

Em nota publicada no site, a ERC informa que lhe chegaram mais de 100 participações que "contestam o plano televisivo em que aparece um dos cadáveres da tragédia".

"A ERC, consciente do estado de choque em que o País se encontra, sintoniza-se com a sociedade portuguesa e espera que a comunicação social seja de uma sensibilidade profissional a toda a prova, neste momento de luto nacional", conclui a nota publicada pelo organismo.

Horas antes, também o Sindicato dos Jornalistas condenou o sensacionalismo da cobertura noticiosa dos incêndios, recordando que "não deve ser perturbada a dor" das pessoas envolvidas e apelando a ações contra os jornalistas incumpridores do Código Deontológico.

Em comunicado, o sindicato insta ainda os órgãos reguladores, nomeadamente a ERC e a Comissão da Carteira Profissional de Jornalista, "a agirem" perante os casos de cobertura noticiosa que não cumpram as regras deontológicas.

O fogo, que deflagrou às 13:43 de sábado, em Escalos Fundeiros, concelho de Pedrógão Grande, alastrou depois aos concelhos vizinhos de Figueiró dos Vinhos e Castanheira de Pera, no distrito de Leiria, e entrou também no distrito de Castelo Branco, pelo concelho da Sertã.

O último balanço dá conta de 63 mortos civis e 135 feridos. Há ainda dezenas de deslocados, estando por calcular o número de casas e viaturas destruídas.

Além de Pedrógão Grande, existem quatro grandes fogos a lavrar nos distritos de Leiria, Coimbra e Castelo Branco, mobilizando um total de cerca de 2.150 operacionais, 654 veículos e 16 meios aéreos.

Fonte: DN

Carmo Matos
Fazer de uma tragédia um espectáculo é anti ético e inadmissível!
Aproveitar a desgraça para se promover profissionalmente é uma sujeira sem nome , quer seja a TVI a SIC ou a RTP e todas estão a usar e abusar da desgraça alheia para aumentar as audiências e nós os telespectadores somos os culpados ao não mudar de canal quando eles repetem imagens e reportagens de sofrimento que devia ser respeitado em privado.
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Cila Vieira · 
Concordo plenamente. Tinham que o fazer. O código deontológico, serve mesmo para situações análogas. O respeito pelos familiares, e público, nomeadamente crianças, tem que ser cumprido por todos os profissionais.
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Marie Auguste
E qual vai ser o nível de sanções para a jornalista e a redação em questão que a entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC) está habilitada a dar?? Nenhuma que seja EXEMPLAR!!😡😡😡
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Becas Rolim Pereira · 
considero a Jornalis a que se referem, uma excelente profissional. Pena verem imagens quje teem sido mostradas todo o dia, terem EMBICADO para uma entre tantas!!!!!!!!!!!!!Ha pessoas que adoram criticar, adoram dizer mal!!!!!!!!!Pena!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
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Gabi Rex
Ena tanto escândalo.... A jornalista nãos faltou ao respeito à ninguém, respeitou os limites estabelecidos no perímetro , não destapou o corpo, não andou a tirar selfies... não percebo o escândalo, não vemos corpos todos os dias das guerras na TV? Ou os do Pedrogão são mais sagrados que as outras mortes no mundo? É preciso MOSTRAR a realidade da estória, para evitar que mais morram estupidamente sufocados e queimados.
Inquérito esse, fica em águas de bacalhau, não dá em nada.

A tal estória dos "je suis" qualquer coisa quando é perto.
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Vítor Carvalho · 
Gostava de saber era se aquele corpo fosse do filho de alguém que tivesse morrido de uma queda na piscina e o repórter fosse o José Alberto Carvalho se faria o mesmo comentário. Haja decência!
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João Dias
Para mim o problema não é tanto a pobreza de jornalismo como é a confusão na cabeça desta senhora. Que feio fazer queixas por falarem na morte do filho e agora fazer uma reportagem á beira de um corpo que supostamente é mãe/irmã/filha etc de alguém... fosse outro jornalista qualquer e se calhar não teria tanto impacto. Sim. É horrível mas é a realidade.

Quando vemos crianças com membros arrancados ou na beira da praia mortas (caso da criança refugiada) indignamo-nos, mas não com este grau de repercussão. Porque por muito triste que seja é a verdade crua.

No entanto neste caso específico está em causa uma dualidade de critérios. De uma mãe que perdeu um filho e não gostou que invadissem a privacidade dela e no entanto expôs a filha de alguém na tv desta forma. Não havia mesmo necessidade disso ainda que seja a realidade.
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Ricardo de Oliveira
A escanzelada da Judite Sousa sempre valeu zero como jornalista e como pessoa. Esta louca mais parecia estar a desfilar a sua vaidade do que a reportar factos. Revelou uma falta de ética e de empatia para com as vítimas agonizante.
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Florinda Duarte · 
A Jornalista em causa não tem culpa! Ela anda de microfone e os colegas FILMAM!!!! Certo? Deixem a Senhora em Paz que é uma sofredora!!!
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Isabel Costa
A ERC não vê televisão? Precisa das denúncias?
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