quarta-feira, 28 de junho de 2017

Clandestinidade em Angola. A luta pela democracia contada na primeira pessoa

Uma imagem com texto

Descrição gerada com confiança alta
Franco-Atiradores é um livro de grandes revelações sobre mais de meio século de clandestinidade e resistência em Angola. Chega agora a Portugal, publicado pela Guerra e Paz, com a autoria de Jonuel Gonçalves, nome literário de José Manuel Gonçalves, professor universitário em Angola, no Brasil e na África do Sul.
Jonuel Gonçalves entrou na clandestinidade em 1961 e dedicou grande parte da sua vida à luta pela independência e democracia em Angola. E o relato dessas vivências que apresenta em Franco-Atiradores, o livro-testemunho que chega às livrarias a 5 de Julho. O lançamento oficial decorre a 4 de Julho, às 18h30, na Bertrand Picoas Plaza, em Lisboa. Com apresentação de Adolfo Maria, outra figura ímpar das lutas pela democracia em Angola.

Este é um livro que ajuda a compreender a história política recente de Angola. E que nos ajuda a compreender que a história oficial das lutas de libertação em Angola, é uma história que esconde e sufoca muitos episódios e muitas figuras essenciais.
Entre Abril de 1958 e Abril de 2017, Jonuel Gonçalves passou por várias estruturas e formas de luta pela defesa da liberdade e democracia contra a tentação do Poder e das ditaduras: o movimento indepen­dentista, os bastidores da guerrilha, a assunção do poder pelo MPLA, as batalhas da guerra civil. A partir da sua própria experiência e de teste­munhos de outros resistentes empenhados nesses combates, Franco-Atiradores revela arriscadas formas de oposição e de militância e o contributo que deram ao processo de abertura em Angola.

Todos os movimentos angolanos criados na segunda metade do século xx tiveram origem em pequenos grupos – às vezes uma célula – clan­destinos ou exilados. Três cresceram e criaram grandes estruturas partidárias, tendo surgido dis­sidências no interior dos mesmos por reivindica­ções democráticas. Antes e depois da independência, também surgiram grupos informais anónimos, de duração variável e renovação constante. Após os anos 90, a crítica informal manteve-se, com vários riscos mas sem clandestinidade. Este contexto, revelador da dinâmica cívica angolana, é aqui analisado na perspetiva de um franco-atirador, ou seja, de alguém que preserva a liberdade e a independência críticas. Inicialmente publicado em Angola, a actual versão, que agora a Guerra e Paz publica, é uma edição actualizada e aumentada. Essencial para todos os que se interessam pela história da colonização, pelas lutas de libertação, pela descolonização e pela independência de Angola.

R. Conde Redondo, 8, 5.º Esq.
1150-105 Lisboa | Portugal

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